São Tomé e Príncipe esteve presente no Workshop sobre “O Emprego para a Paz e Resiliência no âmbito da Cooperação F2F – Frágil à Frágil” de 30 à 31 de Março de 2015 e na “Reunião Técnica de g7+”, de 1 à 2 de Abril, realizados em Bruxelas.

Dois técnicos nacionais, um do Ministério das Finanças e Administração Pública e outro do Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais representaram o país nos referidos eventos inseridos nos objectivos do g7+ mormente na componente promoção da solidariedade e da cooperação entre os estados frágeis.

O workshop sobre o emprego para a paz e resiliência no âmbito da cooperação F2F, em que participaram representantes dos diferentes estados membros e não membros do g7+, bem como outras individualidades e parceiros de desenvolvimento convidados, permitiu adquirir conhecimentos e trocar experiências, baseados em exemplos concretos, tendo em conta as melhores práticas e os desafios dos países membros e não membros do g7+, considerados os menos avançados no âmbito da criação do emprego durável. O worhshop permitiu ainda informar aos parceiros de desenvolvimento, nomeadamente, o PNUD, BM, FMI, IFC, a União Europeia, Konrad Adenauer Stiftung, OIT, etc., sobre as dificuldades encontradas a nível dos países relativamente a criação de emprego.

Quanto a reunião técnica do g7+, em que participaram os representantes do secretariado do grupo, os pontos focais dos estados membros e os parceiros de desenvolvimento, foi possível conhecer os progressos alcançados na implementação das acções prioritárias do g7+, saídas da 3ª. Reunião Ministerial realizada em Lomé. Este encontro permitiu também aos estados membros fazerem o ponto de situação com relação a implementação do New Deal – Medidas de Políticas do g7+ a nível dos respectivos países, melhorar as sinergias e reequilibrar a estratégia do g7+ sobre o engajamento dos parceiros de desenvolvimento.

 

De recordar que g7+ é uma organização voluntária criada em Abril de 2010 em Dili, Timor Leste, que congrega países afectados pela crise ou em situações de conflito e que procuram alcançar o desenvolvimento.

A adesão de São Tomé e Príncipe foi aprovada na 3ª. Reunião Ministerial do g7+, realizada em Lomé em Maio de 2014.

 

 

 

 

IMG 0116Em 20 de Julho de 2012, o Conselho Executivo do FMI, aprovou um novo programa acordado com o XIV Governo no âmbito de Facilidade de Crédito Alargada (ECF – sigla em inglês), para o período compreendido entre Junho de 2012 e Junho de 2015. Este programa vinha suportar os esforços do Governo no reforço da estabilidade macroeconómica, dinamização do crescimento económico sustentável e inclusivo, e redução da pobreza no contexto da segunda Estratégia Nacional de Redução da Pobreza. A primeira revisão no âmbito do programa de facilidade de crédito alargado foi concluída em Junho de 2013.

Contudo, no período que se seguiu, muitas metas estruturais ficaram por cumprir. E tendo o novo Governo tomado posse em finais de Novembro de 2014, já não dispunha de tempo suficiente para que até Junho de 2015 fosse possível implementar medidas de políticas estruturais, que permitissem por o programa no eixo.

Neste sentido, para evitar que muitas das metas tivessem que ser cumpridas e em muito pouco espaço do tempo, e com medidas que iriam implicar austeridade e com custos a população em geral, o Governo decidiu-se pela negociação de um novo programa de Facilidade de Crédito Alargada para triénio 2015-2018. Neste novo programa, o país seria “isentado” das metas que ficaram por cumprir no atual programa, e teria também a vantagem de negociar novas metas de indicadores estruturais com base no período de vigência da atual legislatura. Outra das vantagens é que o governo teria muito mais tempo para cumprir com as metas, e por conseguinte consumar os objectivos que iriam garantir a credibilidade do país face aos credores internacionais e parceiros de desenvolvimento internacionais, que se revela de crucial importância face a elevada dependência do país a financiamentos externos.

Entre estes parceiros de desenvolvimento, encontram-se a União Europeia, com a qual o Governo está neste momento em negociações para conceção de um apoio ao orçamento no valor total de 20,5 milhões de euros para o período 2015-2020, onde um dos critérios de elegibilidade do país à obtenção deste donativo é a “estabilidade do quadro macroeconómico” que tem explicito como um dos critérios de avaliação da credibilidade da estabilidade macroeconómica, a existência de um Programa com Fundo Monetário Internacional.

É neste sentido que uma equipa chefiada pelo Ministro das Finanças e Administração Pública, Américo Ramos e coadjuvada pela Governadora do Banco Central, Maria do Carmo Silveira, estará em Washington de 14 à 19 de Abril de 2015 para a Reunião de Primavera, onde terá varias reuniões com responsáveis das instituições de Bretton Woods, nomeadamente, com a equipa do FMI para discutir a evolução económica recente e desempenhos relativos ao programa. Está igualmente agendada uma outra  reunião para discutir a agenda de reformas estruturais, para além de encontros de trabalho para discutir preliminarmente primeiras versões da Carta de Intenções e Memorando de Políticas Económicas e Financeiras entre o Governo de São Tomé e Príncipe e o FMI. A delegação de São Tomé e Príncipe terá ainda encontro de trabalho com a equipa do FMI para fazer o ponto da situação da reunião de doadores convocados pelo PNUD  e para afinar a agenda da próxima missão.

Questões de natureza fiscal também serão discutidas durante a presença da delegação Santomense em Washington com o Departamento de Assuntos Fiscais do FMI (FAD – sigla em inglês). Está também agendada reunião com o director executivo do Departamento Africano, entre outros encontros com o Banco Mundial.

Importa também salientar que com a elaboração da Proposta do Orçamento Geral do Estado Santomense para 2015, já entregue a Assembleia Nacional para a sua discussão e aprovação, o Governo irá também apresentar ao FMI os pressupostos macroeconómicos e as políticas orçamentais que estão na base da Proposta do OGE 2015 e que medidas de política orçamental estruturais o Governo pretende implementar durante a vigência do novo programa a ser acordado com o Fundo Monetário Internacional para o período 2015-2018.

O programa do XVI Governo Constitucional de São Tomé e Príncipe ver aqui foi aprovado pela Assembleia Nacional em 22 de Dezembro de 2014.

O documento que vai guiar as políticas do Governo liderado por Patrice Trovoada nos próximos quatro anos, assenta-se em dois eixos fundamentais: O crescimento económico gerador de emprego e a coesão social e credibilização externa.

O programa do Governo do partido Acção Democrática Independente, ADI, que venceu as eleições de 12 de Outubro de 2014 com maioria absoluta prioriza o combate ao desemprego jovem promovendo o crescimento económico com a criação de novas infra-estruturas.

O segundo eixo de governação que é coesão social e credibilização externa do país terá como prioridade a valorização do capital humano, a redução do elevado custo de vida, a adoção de uma governação assente em práticas de transparência e eficiência na gestão e prestação de contas.

O XVI Governo acredita que com as estratégias sectoriais inscritas neste programa em torno dos dois eixos fundamentais, São Tomé e Príncipe conhecera em quatro anos avanços notáveis e a economia do país estará melhor alicerçada para oferecer aos jovens caminhos e oportunidades para um futuro melhor e aos mais velhos uma vida mais tranquila, numa sociedade mais justa, democrática, acolhedora e moderna.

20140529 113956[1]O Ministro do Plano e Finanças da República Democrática de São Tomé e Príncipe participou, nos dias 29 e 30 de Maio último, na 3ª Reunião Ministerial do g7+, que teve lugar em Lomé, Togo, no âmbito da qual foi aprovada a adesão de São Tomé e Príncipe a esta organização.

O g7+ é uma organização voluntária criada em Abril de 2010, em Díli, Timor-Leste, que congrega países afectados por crise ou situações de conflito e que procuram alcançar o desenvolvimento.

Atenta a forte interconexão entre os conceitos de “país afectado por conflito” e de “estado frágil”, entendendo-se este último como aquele que enfrenta desafios de desenvolvimento profundos como a fraca capacidade institucional, a má-governação, a instabilidade política e, não raras vezes, a violência permanente ou os efeitos de um conflito grave, tem vindo a ser estabelecida uma correspondência entre um e outro na arena internacional, particularmente ao nível do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Banco Mundial e OCDE.

Neste contexto, o g7+ procura chamar a atenção para os desafios que enfrentam os estados frágeis, aí se incluindo os estados afectados por conflitos, realizando uma advocacia de influência junto à comunidade internacional com vista à alteração dos padrões de comprometimento e actuação naqueles estados, adequando-os às suas necessidades reais. O g7+ tem ainda como objectivo a promoção da solidariedade e da cooperação entre os estados frágeis, seja através da troca de experiências, seja através de acções de cooperação no quadro da iniciativa “Frágil para Frágil” (F para F), de que é exemplo recente o apoio de Timor Leste à realização das eleições na Guiné Bissau. O g7+ reconhece ainda um papel crucial à sociedade civil na prossecução dos seus objectivos, incentivando uma actuação concertada entre os governos e a sociedade civil organizada. 

A 3ª Reunião Ministerial, acolhida pelo Governo Togolês, contou com a participação de S.E. o Primeiro-Ministro da República Democrática de Timor Leste, onze ministros dos Estados membros do g7+ e mais de vinte pontos focais. Nos dois dias de trabalho, foi analisada a situação interna de cada um dos países membros e, entre outros temas, apresentado o relatório do Painel de Alto Nível sobre Estados Frágeis, criado por iniciativa do presidente do BAD em Setembro de 2013 com o objectivo de analisar as causas da fragilidade em África nos próximos anos e apresentar recomendações sobre a forma de as endereçar. Do ponto de vista organizacional, procedeu-se (i) à aprovação dos estatutos do g7+, que deverão ser ratificados pelos seus Estados-membros de modo a permitir o reconhecimento da organização junto das Nações Unidas, (ii) à aprovação da adesão de São Tomé e Príncipe e do Iémen como novos estados membros, (iii) à aprovação do relatório de actividades de 2013 e do plano de trabalho para 2014 e (iv) à nomeação dos novos representantes da organização, a saber o Ministro das Finanças da Serra Leoa que substitui a Ministra das Finanças de Timor Leste no cargo de Presidente, o Vice-Ministro da Economia do Haiti para o cargo de Vice-Presidente, a Ministra das Finanças de Timor Leste como Enviada Especial e do Primeiro-Ministro de Timor Leste como membro do Conselho Consultivo. Também a sociedade civil, pela importância que lhe é reconhecida pelo g7+, foi auscultada durante a reunião, tendo exposto a sua visão sobre os trabalhos da organização e apresentado recomendações para o futuro. 

O grupo é actualmente constituído por 20 países, designadamente Afeganistão, Burundi, República Centro-Africana, Chade, Comores, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Guiné, Guiné Bissau, Haiti, Libéria, Papua Nova Guiné, Serra Leoa, Somália, ilhas Salomão, Sudão do Sul, Timor Leste, Togo, Iémen e São Tomé e Príncipe, tendo os dois últimos sido admitidos na reunião de Lomé.



Direcção dos Impostos lança Campanha de Inclusão Fiscal

A iniciativa visa sensibilizar todos os contribuintes e potenciais contribuintes, empreendedores dos sectores comercial e industrial, profissionais liberais e todos que exerçam actividades geradoras de rendimento, que não estejam inscritos na base tributária da Direcção dos Impostos, para a necessidade de o fazerem de modo a legalizarem os seus negócios, permitindo, simultaneamente, o alargamento da base tributária do país. 

A campanha foi oficialmente lançada no dia 04 do corrente mês, numa cerimónia presidida pelo ministro do Plano e Finanças, Hélio de Almeida, e vai decorrer nesta primeira fase, apenas na ilha de São Tomé, com uma previsão para três meses, tendo como metodologia de abordagem a comunicação directa com o grupo alvo visado.

O ministro do Plano e Finanças prevê que além das vantagens financeiras normais que propiciam o alargamento da base tributária, esta campanha, cumprindo esse objectivo, vai possibilitar a redução das obrigações fiscais dos contribuintes, na medida em que quanto maior for a base tributária, maior será essa possibilidade. 

Maria-do-Carmo-SilveiraApesar de todas as contrariedades económicas e financeiras que o mundo atravessa, a economia são-tomense conseguiu reforçar o seu equilíbrio macroeconómico. Palavras da Governadora do Banco Central, Maria do Carmo Silveira, à imprensa, por ocasião do balanço económico do ano 2013. A justificar essa estabilização moderada da economia nacional estão os dados que apontam uma diminuição record, que não se via há mais de 20 anos, da taxa de inflacção, que passou dos 11% verificados em 2012 para 6% em 2013. Outro dado importante para a economia são-tomense, neste contexto de crise financeira internacional, está o facto do Produto Interno Bruto do país crescer 4%, como no ano passado, apesar da retracção do investimento externo.  

Segundo a Governadora do Banco Central, os esforços de consolidação orçamental permitiram que os saldos financeiros se situassem em linha com os objectivos das Finanças Públicas. Por outro lado, segundo Maria de Carmo Silveira, apesar da relativa escassez do financiamento externo, registou-se um substancial reforço das reservas cambiais que alcançaram um nível próximo de 6 meses de importações, um nível elevado nos últimos 3 anos. Este fortalecimento das reservas merece especial destaque pela anexação ao euro do regime cambial. Outro dado financeiro importante, mas não por razões positivas, deve-se a estagnação dos activos dos bancos comerciais, devido essencialmente a contenção na atribuição de créditos, incluindo os créditos à economia, devido os riscos de incumprimento, o que fez que os créditos àeconomia sofressem uma redução de 41% registado em 2010 contra os 34% deste ano 2013.   

A Governadora do Banco Central de São Tomé e Príncipe acrescentou, no entanto, que essa redução histórica da taxa de inflação e o aumento significativo das reservas cambiais não atenuam as fragilidades estruturais da economia nacional, fragilidades essas que considerouprofundas, devido, passamos a citar, “as incapacidades crónicas do país em gerar receitas suficientes capazes de cobrir as despesas, o que o tem colocado numa permanente dependência do financiamento externo. 

Maria do Carmo Silveira pronunciando-se sobre o 2014, recordou que por ser um ano de eleições, o Banco Central promete agir para evitar desequilíbrios macroeconómicos, tomando por exemplo medidas que aumentem o potencial de crescimento, a implementação do microcrédito, aprimoramento da central de risco de crédito, entre outras.

 

Seis meses depois da apresentação das Contas Gerais do Estado de 2010, a Direcção de Contabilidade, da Direcção Geral de Finanças do Ministério do Plano e Finanças, surpreendeu com a publicação das Contas Gerais de Estado de 2011, entregues ao Tribunal de Contas na semana passada. Segundo o documento, o ano 2011 foi positivo em muitos indicadores, resultado do crescimento económico verificado, fruto da recuperação iniciada no ano anterior. A economia cresceu 4 décimas em relação a 2010, passando de 4,5 para 4,9%, com o sector terciário a contribuir com 54,1% de participações, das quais se destacam as do comércio com 23%, transportes, armazenagem e comunicações com 15,6%. Essa evolução positiva da economia, com destaque para o aumento da produção nacional, permitiu o crescimento do PIB para 4,9% em 2011 contra os 4,5% de 2010. 

Outra boa notícia vai para os dados da inflação. A taxa anual média de inflação desceu de 32% verificada em 2008 e de 12,9% em 2010 para 11,9% em 2011. Esses bons dados são sustentados, em grande parte, pelo acordo de ancoragem da Dobra ao Euro e também pela diminuição dos preços dos bens de primeira necessidade no mercado internacional. Segundo ainda o relatório, a diminuição da taxa de inflação também se deveu a uma política concertada do Governo que permitiu ao Banco Central um maior controlo de liquidez, o que favoreceu a evolução da taxa de câmbio. Face a essa melhoria, o défice primário interno registou uma diminuição considerável, passando de 8% do PIB em 2009 para 4,1% em 2010, atingindo os 3% em 2011, muito, por causa, também, das medidas de contenção na gestão das despesas com bens e serviços e em projectos financiados com recursos internos. 

No capítulo das receitas e despesas, de acordo com as receitas orçamentais, incluindo o financiamento, previstas no Orçamento Geral de 2011 no montante de 3.106.830 milhões de dobras, do qual inclui as receitas correntes programadas de 725.849 milhões de dobras, receitas de capital no valor de 1.173.482 milhões de dobras e de financiamento de 1.127.273 milhões de dobras, e as despesas públicas, incluindo as de amortização de passivos, foram progrvamadas em 3.106.830 milhões de dobras, correspondentes a soma das despesas correntes no valor de 772.334 milhões de dobras e as de investimento de 2.2254.271 milhões de dobras, no geral, verificou-se que as despesas pagas foram superiores às receitas orçamentadas, demonstrando uma realização de receitas no montante de 1.586.111 milhões de dobras, equivalente apenas a 51% do programado, enquanto as despesas pagas situaram-se em 2.077.094 milhões de dobras, equivalente a 68% do dotação corrigida, e representando um défice de 490.983 milhões de dobras, sustentado internamente em 44.371 milhões de dobras e 448.879 milhões com recursos externos.    

Quanto à Divida Externa, São Tomé e Príncipe registou um aumento da sua dívida externa, fruto da contracção de novos empréstimos, atingindo em 2011 o valor de 181,9 milhões de dólares, o equivalente a 79% do PIB, contra os 156,5 milhões do ano anterior, ou seja, um aumento de 28%. 

Estados Insulares3O evento contou com o apoio do Banco Mundial e visou a troca de experiências entre os Pequenos Estados Insulares sobre o desenvolvimento dos sectores de economia, como o turismo, agricultura, pescas e serviços. 

Entre as delegações presentes, estiveram em destaque as dos Barbados e Seychelles, representadas, pelo ex-primeiro-ministro e actual ministro das Finanças, Arthur Owen, e o ministro das Finanças, Pierre Philippe Laporte, respectivamente. O evento contou igualmente com a participação de altos responsáveis do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional, da Sociedade Financeira Internacional-IFC, consultores das agências internacionais de desenvolvimento, entre muitos outros responsáveis de instituições financeiras nacionais e internacionais, empresários, quadros técnicos, sociedades civis, entre outros. Durante os três dias da conferência foram debatidos vários temas relacionados directamente com o contexto da insularidade numa perspectiva de resiliência dos Pequenos Estados, tais como a construção da resiliência e a melhoria da governação económica, o desafio do desenvolvimento económico, a realização de negócios e a promoção de desenvolvimento do sector privado, os desafios macroeconómicos, o papel do turismo na economia e no desenvolvimento da economia: experiência das Seychelles, dos Barbados e das Maurícias, o turismo como motor de crescimento e desenvolvimento, o papel das indústrias baseadas no conhecimento e serviços nas estratégias de crescimento, entre outros. O evento ficou também marcado por uma sessão especial na região Autónoma do Príncipe, acompanhada pelos ministros do Plano e Finanças, Hélio D’Almeida, e do Comércio, Industria e Turismo, Demóstenes Pires dos Santos, e que contou com a participação da maioria dos convidados estrangeiros, especialmente, do ex-primeiro-ministro e ministro das Finanças dos Barbados e do ministro das Finanças das Seychelles, dos responsáveis do Banco Mundial e FMI para São Tomé e Príncipe, entre outros. Essa sessão especial foi presidida pelo presidente do Governo Regional, José Cassandra, e estiveram presentes todos os membros do Governo e da Assembleia Regionais e deputados regionais da Assembleia Nacional, empresários e representantes da Sociedade Civil, tendo como tema de debate os recursos naturais do Príncipe como potencial para o seu desenvolvimento. Nessa sessão, tal como fizeram em São Tomé, os governantes das Seychelles e dos Barbados aconselharam os decisores políticos do país a enveredarem pelo aproveitamento dos recursos naturais do país, como a sua esplendida beleza natural e a sua privilegiada situação geográfica, para impulsionar o desenvolvimento económico e sustentado à base do turismo e serviços. 

No quadro desse ciclo de seminários sobre a Experiência de Pequenos Estados Insulares também se realizou um encontro com os deputados da Assembleia Nacional que foi presidido pelo presidente da Assembleia Nacional, Alcino Pinto, e em que participaram os líderes das bancadas parlamentares e das comissões especializadas e deputados dos partidos políticos com assento parlamentar. Esse encontro com os deputados visou igualmente a troca de experiências sobre o papel do Parlamento na transformação de uma pequena economia, e foi bastante animado com os deputados de todas as bancadas parlamentares a reconhecerem a necessidade do consenso quando estão em causa os interesses nacionais. Ainda no quadro desse ciclo de seminários houve também um encontro com o sector privado e ONG’s sobre o desenvolvimento do sector privado e a competitividade presidido pelo ministro do Comércio, Industria e Turismo, Demostenes Pires dos santos, e que contou com intervenções do ex-primeiro-ministro e ministro das Finanças dos Barbados, o senhor Arthur Owen, do ministro das Finanças, Pierre Philippe Laporte e do vice-presidente da Sociedade Financeira Internacional - IFC, o senhor Jean-Philippe Prosper.
Importa referir que a sessão de abertura desse ciclo de seminários foi presidida pelo primeiro-ministro, Gabriel Costa, num acto que marcaram presença todos os membros do governo, representantes de diversas instituições financeiras internacionais com e sem residência no país, responsáveis dos diversos organismos do Estado, quadros técnicos superiores do Estado, e convidados.
No seu discurso de abertura, o primeiro-ministro são-tomense falou dos esforços consentidos pelo seu governo para projectar o desenvolvimento do país e das dificuldades que tem encontrado no sentido de levar em diante esses mesmos projectos, excertos que transcrevemos uma parte: “recentemente o Governo que eu chefio adoptou um programa de desenvolvimento ambicioso que, naturalmente, requere um nível adequado de recursos financeiros para a sua implementação. Os recursos financeiros da Comunidade Internacional que muito nos ajudam continuam a ser limitados face às necessidades do país, e lamentavelmente, não temos acesso a um mercado de capitais. Se as receitas de petróleo de que tanto se fala se concretizassem poderiam em parte ajudar o país a ultrapassar alguns dos desafios urgentes e lançar as bases para diversificar a nossa economia e impulsionar um crescimento económico inclusivo. Mas enquanto não se concretizarem o que fazer? Como mobilizar os recursos para financiar o nosso programa? Desde logo, Vossas Excelências poderão facilmente deduzir as razões das nossas angústias, enquanto dirigentes, perante as aflições que florescem nos jardins dos encantos das nossas populações, cuja franja significativa continua a viver em situações muito precárias”.
A conclusão desse seminário, que se realiza pela primeira vez no país, aconteceu num jantar oferecido pelo governo, em que se fez a conclusão e síntese dos trabalhos, e em que o governo, na pessoa do ministro do Plano e Finanças, Hélio Silva, agradeceu toda a contribuição dos convidados estrangeiros no lançamento do desenvolvimento do país.

CGEO Governo, na pessoa do ministro do Plano e Finanças, Hélio Silva, e na presença de outros membros do executivo e perante os representantes das organizações internacionais, parceiras do projecto, como o Banco Mundial e a Sociedade Financeira Internacional – IFC, o PNUD e várias outras representações diplomáticas e financeiras, empresários, quadros e técnicos da Administração Central do Estado, convidados, entre outros, procedeu à apresentação e lançamento do projecto Guiché Único para o Comércio Externo. O evento teve lugar no dia 10 de Setembro do corrente ano no Hotel Praia Mar. 

Esse projecto de Guiché Único tem o objectivo de reduzir os custos inerentes aos múltiplos expedientes relacionados com a importação e exportação de mercadorias, bens e serviços, reduzindo também e simplificando os devidos procedimentos burocráticos. Com o funcionamento do Guiché todos esses expedientes passam a ser tratados num único sítio, à base do sistema informático SIDÓNIA que actua a partir duma base de dados. O Guiché Único envolve por outro lado uma parceria com as instituições do Estado que operam no ramo comercial e/ou que têm responsabilidades no assunto, como a Direcção de Pecuária, o CIAT, a Direcção de Saúde Pública, a Direcção dos Transportes, principalmente.
Na sua intervenção, o ministro do Plano e Finanças, Hélio da Silva Almeida, afirmou, passamos a citar; “o GUCE é uma importante ferramenta que servirá para se experimentar uma nova era no que concerne à dinâmica do sector privado através do comércio externo. Tem havido muitos transtornos, alguns naturais associados à própria insularidade das nossas ilhas, o que reduz a nossa margem de manobra relativamente à competitividade da economia. Daí que quanto mais rápido conseguirmos convergir a nossa economia para os standarts internacionais, neste caso, através do GUCE, estaremos em melhores condições de atrair investimentos directos estrangeiros. Esperamos poder reduzir drasticamente todas as burocracias inerentes aos processos de importação/exportação, e deste modo, dar uma maior resposta àquilo que são os anseios do sector privado.”
O GUCE está dividido em duas fases, sendo que nesta primeira, com a duração de 18 meses, conta com a assessoria técnica dos peritos do IFC, instituição do Banco Mundial, finda a qual será da competência do Estado assumir a implementação plena do projecto.

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